O assassino mais paciente do mundo - Segunda Parte

É impressionante a quantidade de coisas e bichos transformados em monstros assassinos no cinema trash de terror (o terror é discutível quando se ri mais do que se assusta com filmes assim!). Os exemplos beiram o infinito: carros possuídos por espíritos malignos, vermes malditos, robôs intergaláticos, tubarões famintos, casas assombradas, camisinhas assassinas (!), etc. Mesmo uma singela cama ou um aparentemente inocente sapo podem ser o prenúncio da morte nesses filmes toscos que adoramos odiar!

Ah, já falei da "Cama Assassina" aqui: http://exumador.blogspot.com/2010/09/o-assassino-mais-paciente-do-mundo.html 

E do sapo assassino aqui: http://exumador.blogspot.com/2011/03/o-sapo-esse-ser-maligno.html

Agora, que tal unirmos a completa falta de qualidades assustadoras do sapo como criatura de filme de terror com a imobilidade suprema da cama assassina - uma das idéias mais toscas de toda a existência, diga-se de passagem! -, tudo num único monstro trash? Ora, pela união dos poderes desses dois, caríssimos, não sai o Capitão Planeta, mas sim as estrelas de "Slugs", essa produção-pérola de 1988... nada mais nada menos do que "As Lesmas Assassinas"!!!

Sim, não há limites para o gênio (!?) criativo que inventa lesmas mutantes carnívoras...

Os escargôs do mal pintam o cavaco nessa bizarreira cinematográfica: elas espreitam embaixo da cama, famintas por adolescentes libidinosos; um jardineiro resolve cortar a mão fora e incendiar toda a estufa porque sua luva estava cheia dessas criaturas do mal; e, por fim, há a explosão nojenta do rosto do sujeito que comeu alface lesmoso e de dentro da cara dele saem milhares de bebezinhos lesmentos!

E o pior, nenhum dos personagens teve a brilhante idéia de tacar sal nessas vagarosas porém determinadas em provocar maldades criaturas escorregadias! Elas espalham gosma e medo pra todo lado!

O filme é viscoso, é gosmento, é podre... é lento! De que adianta correr, a morte pode ser devagar, mas é inevitável?

Trailer de "Slugs" (1988, Juan P. Simon)