sábado, 30 de abril de 2011

E se Thor fosse canadense?

Ele seria Jon Mikl Thor, o cantor de metal-farofa e fisiculturista profissional que dirigiu, produziu, escreveu e estrelou o inominável "Rock 'n' Roll Nightmare" de 1987! É, caríssimos, o vencedor do título de "Mr. Canadá" uniu a musculação, o pornô soft-core e o heavy metal nesse filme difícil de achar no melhor estilo das produções trash-caseiras - a "The Dark One Productions" (talvez!) não faria melhor!

Os senhores querem a "históra"? Como se trata de um videoclipe gigante intercalado com cenas de amasso entre os membros da banda "Triton" e suas groupies e o horror causado pelas artimanhas do diabo - o vilão da película! -, não há muito espaço para ela. Bem, a supracitada banda de metal-farofa anos 80 vai parar de van numa fazenda cujo porão é um estúdio musical. Entre cenas de "pornô-light", percebemos que satanás está armando suas maldades: o Pai das Mentiras possui demoniacamente as pesoas para seus profanos desígnios, alem de enviar lacaios-fantoches-meias de um olho só tipo os "Muppets" para enganar, tripudiar e assassinar vítimas incautas.


Mas por essa o Demônio não esperava: Jon Mikl Thor na verdade é um agente-arcanjo dos céus que atende pela alcunha de "Intercessor"! Para confrontar o inimigo diabólico que está no porão, após se transformar como o Deus do Trovão da Disney, nosso protagonista não fica muito parecido com o filho de Odin, talvez com uma mistura de He-Man com um membro da banda Poison - principalmente porque o orçamento não deu para comprar a fantasia toda, só a capa e uma sunguinha homo-erótica de lantejoulas de ferro! Ah, sim, e muito - mas muito - laquê! Desconfio, inclusive, que 95% do orçamento foi destinado para o laquê do herói!

Confiram abaixo a apocalíptica batalha final onde Satanás só aparece do tronco para cima e atira estrelas-do-mar  parecidas com "Starro, o Conquistador Estelar" - um vilão clássico dos quadrinhos da DC - contra nosso astro careteiro, que as destrói com sua fisiculto-força descomunal, à semelhança de Schwarzenegger (que não foi Mr. Canadá, mas Mr. Universo!).

Sem brincadeira, as estrelas e o boneco do vilão são mais mal feitos do que os monstros de borracha do seriado do Jaspion! Sem orçamento sobrando, o meio fantoche diabólico precisa que nosso Thor Trash fique segurando seus braços de espuma para dar maior veracidade à cena, até o final apoteótico, que inclui uma banda no Belzebú, socos múltiplos no boneco e fogos de artifício infernais!

Recomendado para aqueles que... bem, não é recomendado para ninguém. Assistam por sua conta e risco! Não me responsabilizo por nenhum dano cerebral permanente ao ousado espectador!

Thor Trash contra Belzebu



sexta-feira, 29 de abril de 2011

A vingança do primata que mata

Pôster de "Shakma", o babuíno assassino

A matança de animais em filmes é bem mais comum em produções que não fazem parte do circuito de Hollywood, especialmente o cinema italiano de horror. Exemplos específicos de assassinato real de símios em frente às câmeras, só para citar dois, temos o famoso "Cannibal Holocaust" (1980), do famigerado Ruggero Deodato, e "La Montagne del Dio Cannibale" (1978), do não menos insano Sergio Martino. Claro que esses dois diretores dementes trucidaram outros bichos além dos macacos em prol do grotesco nos seus longas, como tartarugas e iguanas, mas eu gostaria de sublinhar a questão da matança da macacada.

Isso porque numa continuação caça-níquel hollywoodiana estrelada por Clint Eastwood, "Punhos de Aço - Um Lutador de Rua" (1980), o veterano ator encarna pela segunda vez um caminhoneiro (que briga por dinheiro, como diz o título) e melhor amigo de Clyde, um simpático orangotango. Contudo, eis que o macaco aparece morto no finalzinho das filmagens! Dizem que por causa dos abusos e maus-tratos do treinador o bicho sofreu hemorragia fatal no cérebro. E agora? Quem poderá vingar Clyde?

A resposta vem dez anos depois com o bisonho filme não tão orgulhosamene desenterrado de hoje: "Shakma - a Fúria Assassina"! Essa tosca produção, estrelada pelo ator felizardo que comeu a Brooke Shields na paradisíaca ilha deserta de "A Lagoa Azul", conta a linda história de vingança de um babuíno assassino contra os homens devido ao longo histórico de crueldade contra os animais, especificamente os primatas.

Nessa tosqueira, um babuíno é supostamente injetado com um tranqüilizante cerebral experimental (!) numa cirurgia realizada pelo arrogante médico-chefe que gosta de narrar jogos de RPG estilo "live-action" para seus alunos no prédio do Centro Médico devidamente trancado e durante a noite, claro. Obviamente, o tal do calmante tem o efeito inverso no babuíno, que se transforma no mais perfeito instrumento de destruição de mobília e morte de estagiários.

Por algum motivo incompreensível, os alunos mais imbecis do mundo não ficam trancados em uma das inúmeras salas do edifício quando descobrem que o avatar-macacal da chacina à solta pelos corredores é incapaz de abrir as portas quando devidamente fechadas. E, para piorar a situação (mas é claro!), é mais fácil encontrar um aparelho estroboscópico emissor de luz cegante do que um telefone fixo no prédio desse filme da era pré-celular!

Sem estragar (muito) o final, só posso dizer que os humanos mereceram o seu destino - pois, quando enfim o protagonista retardado acha um telefone, ele liga para pedir socorro? Adivinhem! Pois bem, caríssimos, só resta acrescentar que Clyde, o orangotango, foi devidamente vingado graças aos impressionantes esforços da fúria peluda de bunda lisa que lutou com bravura contra os adolescentes - de nível superior! - mais estúpidos já produzidos pelo cinema. Imagine você, caríssimo, à mercê de um mongolóide desses na mesa de cirurgia...

Shakma odeia portas (claro, tem humanos para matar atrás delas!)



O maneiríssimo trailer de "Shakmaaaa!!" explica bem  o filme todo





Clyde (o da esquerda!), esteja onde estiver,
saiba que você está em nossos corações e
jamais será esquecido, graças a "Shakma",
o primata que mata

quinta-feira, 28 de abril de 2011

E se "Matrix Reloaded" fosse indiano?

Bem, o personagem "Neo" do Keanu Reeves no segundo filme da trilogia seria, dessa vez, um maligno vilão cabeludo perseguidor de pobres moças indianas! Caríssimos, desliguem o cérebro e aproveitem, porque vale a pena assistir até o final!

 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os veganos músicos

O tambor é feito de abóbora, a flauta pode ser um pepino, uma cenoura ou até mesmo um nabo. Sim, é sério! A tal de "Orquestra Vegetal" de Viena (suas composições devem constar da música ambiente de restaurantes "mudernos" que não servem carne) decidiu que comida deve ser instrumento musical e se apresenta desde 1998.

A "Orquestra Vegetal"


Será por causa dessa orquestra (me parece que eles seguem a imaginária "Escola Vegana Hermeto Pascoal de Música"!) que a tal da ex-cozinheira do ex-presidente do Brasil FHC - ela até publicou um livro de receitas culinárias para cachorro (!?) - vive a tuitar (eu tuito, tu tuitas, ela tuita) que os legumes cantam e dançam? E será por inspiração dela que os músicos veganos cozinham os instrumentos vegetais num sopão no final de cada apresentação e distribuem a gororoba para os corajosos e perseverantes "consumidores de arte" que ficaram até o final?

É, caríssimos... muito mistério e questões não resolvidas... nessa salada toda! Eu é que não vou descascar esse abacaxi e passo adiante a batata quente! (Rá rá rá!)

Seguindo tendências "mudernas" e "descoladas", o melhor amigo do homem
exige um segundo livro só para cães veganos! 

terça-feira, 26 de abril de 2011

Depressão pós-Páscoa e pós-feriado leva ao suicídio

Percebendo que o feriadão acabou e tinha que voltar ao batente na segunda... o engenhoso porém desesperado coelhinho resolveu encontrar maneiras criativas de se matar!














O Coelho Suicida é criação de Andy Riley

Pernalonga e Mickey se unem e espalham o terror

Contemplem, caríssimos, o único momento na história da animação estadunidense onde o camundongo Mickey dos Estúdios Waldisnei e o coelho Pernalonga da rival Warner Bros. aparecem juntos na mesma cena!

O evento acontece no maneiríssimo filme "Uma Cilada para Roger Rabbit" de 1988, onde personagens de carne e osso contracenam com  criaturas dos desenhos animados (e cujo Laser Disc, segundo as lendas, permite aos tarados de plantão contemplarem a nudez da animação Jessica Rabbit se o longa for projetado frame a frame). Nesse estranho mundo onde convivem humanos e desenhos, um detetive humano viaja até a surreal cidade animada e testemunha o histórico encontro (com participação especial do Piu-Piu!):



E não podemos esquecer, também, do Patolino e do Pato Donald tocando o terror numa apresentação de piano!



Para finalizar, Jessica Rabbit insiste em nos lembrar a frase batida de que já não se fazem mais desenhos/filmes como antigamente!

 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Jagger, Bowie, Garfunkel... e Roeg


O britânico Nicolas Roeg é um diretor indiscutivelmente foda. O que ele exibia em seu filmes há quarenta, trinta anos atrás, está de tal forma na moda hoje em dia que dificilmente uma obra sua poderia passar como datada atualmente. Querem exemplos? Basta falar da narrativa não-linear cheia de cortes cronológicos e o visual rápido estilo videoclipe (muitos anos antes do videoclipe!) que tornam suas obras um espetáculo fascinante de se assistir.

E como se não bastasse, não sei explicar o motivo, Nicolas Roeg às vezes escalava como protagonistas astros do rock! É o caso de Mick Jagger no polêmico "Performance" (1970), de David Bowie na esquisitíssima ficção científica "O Homem que Caiu na Terra" (1976) e de Art Garfunkel no filme exumado de hoje (e que não tem nada a ver com a Páscoa!), o sinistro e erótico "Bad Timing" (1980).

A história começa pelo meio: primeiro, a suposta tentativa de suicídio por overdose da alcóolatra, maravilhosa, violenta e sexy personagem de Theresa Russell e depois, o quebra-cabeças em flashback de seu romance perturbador com o amante neurótico e controlador, o professor de psiquiatria interpretado por Garfunkel. E tudo isso investigado pelo policial durão Harvey Keitel enquanto os médicos tentam salvar a garota da morte!

E numa ode ao sombrio e ao excêntrico, somos brindados com uma cena de amor entre os pombinhos de mente doentia intercalada por nada menos que uma traqueostomia! Mas como cinema não é só imagem em movimento, os sons também se misturam: os gemidos de prazer da Theresa Russell durante o sexo são intercalados por seus gemidos agonizantes quando os médicos perfuram a garganta dela! Sinistro...

Por fim, um detalhe macabro da vida de Garfunkel. Sua namorada na vida real, Laurie Bird, suicidou-se no apartamento deles um ano antes do lançamento de "Bad Timing"! Será pelo aspecto auto-biográfico que Nicolas Roeg escala astros do rock em seus filmes? Garfunkel interpreta um cara instável cuja namorada tenta se matar, Jagger faz um roqueiro drogado em "Performance", e Bowie... bem, David Bowie faz o papel de um E.T. caindo na Terra!

Recomendo, para quem não conhece, os filmes desse diretor britânico, especialmente esse complexo e sinistro aqui desenterrado. Fala, entre tantas coisas, sobre boas e más lembranças que não são necessariamente verdade e sobre o caminho violento que as relações apaixonadas e obssessivas podem seguir, principalmente entre duas pessoas tão malucas e problemáticas. Mas aí a pergunta se faz necessária: de perto, quem é normal?

O trailer

terça-feira, 19 de abril de 2011

Extra! Extra! Skylab na internet!


Caríssimos, acabei de corrigir uma falha de caráter que nem sabia que tinha: descobri só agora a existência do imperdível sítio internético do fundamental Rogério Skylab!

Textos, músicas, poesia e entrevistas do artista - inclusive uma recente dele com o Sergei (!) e outra dele com o Zé do Caixão (Sim!!) - podem ser encontrados pelo link abaixo ou assim que eu descobrir como adicioná-lo aos favoritos naquele canto de recomendações à direita!

http://godardcity.blogspot.com/2011/04/skylab-e-serguei-juntos.html


Momento poético I: "Fui a um restaurante japonês e a garota não sabia segurar no pauzinho. Uma garota que não sabe segurar no pauzinho deve morrer".

Momento poético II:

"BASTARDOZINHOS FELIZES


' pero yo, que, aunque paresco padre, soy padrasto de Don Quijote '

Cervantes


Sou fruto da minha mãe com meu padrasto.

A porra do meu padrastro fecundou minha mãe.

E eu nasci.

Até que um dia desconfiei de mamãe.

- ô mãe !!!! maiê !!!!!!

Havia uma coisa que não fechava.

Não era mãe, era madrasta.

Foi assim que a coisa passou a funcionar.

Não desconhecia meus pais:

eles existiam; me deram à luz;

eram meu padrasto e minha madrasta.

Eu sou padrasto,

Você, madrasta.

Deus é padrasto.

E a natureza, uma tremenda madrasta.

Assim caminha a humanidade.

Cheia de bastardozinhos felizes".


skylab/ fevereiro/ 2011



P.S.: Valeu pelo aviso, Manso! Horror!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Os ratos estão entrando...

Waldisnei está demais: teve a pachorra de desculpar os ratos pela transmissão de doenças como a peste bubônica. Segundo um "docudrama" animado da sessão de extras do DVD do desenho "Ratatouille", quem é responsável pelo mal é a pulga dos roedores!


E reparem que este é aquele filme super higiênico onde um desses bichos pestilentos é o cozinheiro de um restaurante francês chique! Bem, é de se esperar a defesa da rataria por parte do Waldisnei... o camundongo Mickey não é somente o Deus e senhor do astronauta interpretado por Dennis Quaid na ficção científica "Inimigo Meu", ele é o símbolo maior do império de animação que conta atualmente com coleguinhas bacanas como o Wolverine.


Mas, para quem não é fã da adorável ratazana de esgoto Ben - e sua sincera amizade com um moleque que provavelmente não cresceu muito saudável - como o Michael Jackson, o cantor da música-tema dessa bizarrice, que fique com a exumação de hoje: "Rats: Notte di Terrore" (de 1984, do Bruno Mattei, aquele italiano plagiador de filmes norte-americanos).

Pois vamos lá: num futuro pós-atômico (e por conseguinte pós-apocalíptico), não sobreviveram os homens e as baratas, mas sim os homens e os... ratos! Um grupo de ladrões do figurino do elenco de "Mad Max" acha uma cidade habitada por cadáveres e milhares de ratos famintos de carne humana. Ao invés de fugirem dali, os imbecis decidem ficar e serem devorados um a um.

E aí tem gente falecendo sob forte e asquerosa chuva de roedores - e são animais de verdade! -, a outra infeliz resolve ficar presa nuinha em pêlo num saco de dormir com zíper emperrado e um ratão sacana vai roendo o colchonete até, digamos, penetrá-la e devorá-la por dentro, de baixo para cima! Essa grotesca cena acaba com o camundongo tarado saindo pela boca da gostosa! Querem mais? Um sujeito todo roído é incendiado pelo lança-chamas do coleguinha esperto que decidiu que a carbonização da vítima é o melhor antídoto contra ratos! E sem mais, caríssimos, esse é o filme em que um defunto explode e do seu interior voam ratazanas para todo lado!

O pôster

O trailer


Depois da chacina da gangue "Mad Max" promovida pela gangue do Mickey (na ficção, evidentemente, porque nessa produção centenas de bichos foram mortos de verdade), devemos concluir com a contagiante (ou contagiosa?) e tão edificante quanto poética canção de Rogério Skylab sobre essas fascinantes, fofinhas e adoráveis criaturinhas transmissoras da peste!

Rogério Skylab - "Os Ratos"


"O horror... o horror..."

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Opala Preto!


É, caríssimos... Quem não tem cão caça com gato! Quem não tem o Fuscão Preto do Almir Rogério... que vá de "Opala Preto"! E que ele não seja o Opala Preto do João Mineiro e Marciano de 1974!
Muito maneira uma banda que conheci por essas andanças no Rio de Janeiro... "Os Beltranos"!



E pra quem ficou curioso com o Opala Preto do João Mineiro e Marciano, que assista "o semblante" do próximo vídeo por sua conta e risco!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

E se "As Panteras" fossem mexicanas? (ou Las Angelitas del Carlito!)

"Las Tigresas"

Fácil, elas se chamariam "Las Tigresas"! Durante a febre de filmes do gênero de espiões nos anos 60 que assolou o planeta inteiro dada a popularidade avassaladora de James Bond, o México também fez das suas! Vários estúdios mexicanos produziram filmes de espionagem nessa década contendo equipamentos ultra-tecnológicos, vilões insanos e, claro, mulheres gostosas.

Mas uma boa alma chicana resolveu esquecer essa história de protagonista espião macho e lançou três gostosas morenas sendo agentes secretas no filme "Con Licencia para Matar", de 1968! Cada uma delas era mulher da alta roda social à paisana, mas resolviam diversos casos internacionais quando usavam suas fantasias idênticas à da mulher Gato da Julie Newmar do seriado do Batman nos anos 60, mas sem a máscara. Todas as morenas gostosas sabiam artes marciais e andar de biquini pra cima e pra baixo, mas cada uma tinha habilidade especial com uma arma diferente: uma sabia lidar com pistolas, outra era esgrimista, Maura Monti sabia atirar de arco e flecha e... a empregada doméstica era alívio cômico igual ao "Bosley" de "As Panteras"! E vejam só: a agência particular que as empregava era de propriedade de um magnata mexicano!

Parênteses especial para Maura Monti, atriz famosa no México que merece destaque à parte por sua participação de marciana "Afrodite" no filme de 1967 do lutador mascarado de telecatch "El Santo", onde ele salva a humanidade de uma invasão marciana (O nome do filme? "El Santo contra a Invasão Marciana", é óbvio!). E por protagonizar o inacreditável "Batwoman" mexicano de 1968, infrator de tudo quanto é direito autoral!

Momento de serena introspecção: Ah, Maura Monti...

Vamos ao fiapo da história? Existe um cientista maluco e clichê ambulante (óculos fundo de garrafa, risada vilanesca sinistra e toda sorte de traquitanas tecnológicas do mal) que criou andróides verdes estilo Incas Venusianos do National Kid com a intenção de dominar o mundo. Cabe à equipe "Las Tigresas"- as gostosas morenas do bem - enfrentá-lo, pois o megalomaníaco vilão se aliou com duas loiras gostosas do mal!

Não antes do filme ser interrompido do nada para um número musical inteiro de "Los Rockin Devils" com um cover de "Stand By Me" do Ben E. King! Atenção - sempre - para Maura Monti em uma das mesas!



Bem, caríssimos, fiquem com trechos do filme de "Las Tigresas", as mães latinas das Panteras, "botando pra quebrar, mora!"





Nunca é demais repetir: Ah, Maura Monti... amamos você!

terça-feira, 12 de abril de 2011

O comercial do cartão de crédito cucaracho causou a crise de confiança do capitalismo?

Malditos argentinos! Eles conseguiram mais uma vez! Percebam, no anúncio hermano a seguir, as conseqüências do estímulo à farra do crédito e ao consumo desenfreado em um argentino médio, o Ernan:

Her-Nan


Agora vocês sabem de onde vem o modelito rosa-gay tosco do príncipe Adam: tinha que ser da Argentina!

P.S.: Valeu pela dica, Gunfree!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Waldisnei e a cachaça


Os Estúdios Waldisnei estão muito preocupados com a praga do politicamente correto e a mensagem anti-drogas. Isso até soaria como a mais pura verdade caso os adoráveis elefantes cor de rosa da alucinação do simpático e alcóolatra Dumbo, o elefante voador, causada por severa manguaça, não estampassem os rótulos das garrafas de "Delirium Tremens". Esse, está claro, é o nome dado tanto à cerveja belga quanto ao mal associado ao excesso de consumo de álcool, vejam só.

Assistam, abaixo, a cena do "desenho instigante de alcoolismo em crianças" (segundo a cartilha idiota dos chatos e corretos, claro) de autoria do estúdio de animação que hipocritamente se declara como o patamar supremo e perfeito de conduta moral a ser atingido pela molecada. Nela, o orelhudo Dumbo toma um porre daqueles e começa a fazer com sua tromba bolhas de champanhe que logo se tranformam em elefantes surreais, rosados, alucinados e sinistramente desprovidos de globos oculares:

Dumbo (1941)


Hoje tem bebedeira?
Tem, sim senhor!
Saúde, criançada!

Discordo veementemente desse papo chato toda a vida de que desenhos, filmes, videogames, gibis ou o que seja porventura estimulem a dependência química nos pequenos (e nem entrei na questão da agressividade infantil supostamete estimulada pela mídia de conteúdo violento). O que não pode é um estúdio de animação espalhar aos quatro ventos ser o guardião absoluto dos valores morais tradicionais e familiares mais adequados às crianças e exibir num filme um protagonista bebum! Santa hipocrisia, Batman!

E olha que nem mencionamos outro desenho do Waldisnei, "Alice no País das Maravilhas" (1951)... Que maravilhas psicodélicas seriam essas? Ora, o cigarrinho da lagarta, o cogumelo que faz crescer ou diminuir, os chazinhos, biscoitinhos, poções e outros alucinógenos! Rá!

O importante nisso tudo: esqueçam esse discurso "moderno" e mala - atentando para o fato de que o imundo Cascão da Turma da Mônica cresceu e tomou banho (Nããão!!!) graças a essa babaquice toda - e divirtam-se sem moderação!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Setentis, cacildis!


Mussum, se vivo fosse, faria setentinha ontem, dia 7 de abril!
Vivis o integrante dos Originais do Samba, grupo de samba elogiadíssimo por Elis Regina e que já tocou  com gente como Jorge Bem (http://exumador.blogspot.com/2011/01/jorge-ben-e-mussum-juntos.html)!
Vivis o amante do mé!
Vivis ao Trapalhãozis mais engraçadis!

Originais do Samba - "Nego veio quando morre"



Erro de gravação com Mussum nos Trapalhões


Cacildis Supremis Eternis!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O legado de The Kinks (ou "Os Impossíveis" de carne e osso - Parte II)


Uma das bandas mais interessantes dos anos 60 que ficou bem conhecida a partir da tal "invasão britânica" nos EUA acontecida nessa mesma década, "The Kinks" acabou tendo muitas das suas músicas transformadas em versões para outros países. Observem o caso dessa daqui de baixo:

"Well respected man" - The Kinks (1965)


Vejam só como ela se transformou num rock mexicano com "Los Hitters":

"Hombre respetable" - Los Hitters



Escutem outra música maneira deles e que uma penca de outras bandas fez cover:

"All day and all of the night" - The Kinks (1964)


Para nosso assombro, reparem bem na batida de um funk antigão dos anos 80, a "Melô dos números", cujo autor desconheço (será o DJ Marlboro?):

"Melô dos números"


É, caríssimos, o funk é rock!
Sinistro!
Viva "The Kinks"!

terça-feira, 5 de abril de 2011

A vampira assassina e a freira assassina

Quentin Tarantino é o nerd supremo de locadora, e isso não é novidade. Ele é fã de referências, homenagens e citações cinematográficas de filmes obscuros dos loucos anos setenta, especialmente os do tipo exploitation - aqueles recheados de nudez, violência, abusos, sangue, controvérsias e bizarrices que adoramos (confessem, caríssimos!) e povoa as suas produções com elas. E assim, muitas obras dele acabam atingindo o status de cult.

Dessa forma, penso eu, Tarantino vampiriza o caráter cult dos filmes antigos e esquecidos e transfere toda essa "cultice" sugada para os seus próprios. Percebam só que imagem estranha e maneira: Tarantino como um vampiro nerd sedento por conteúdo exploitation...

Mas, por falar em chupadores de sangue, quem não se recorda da maravilhosa "Satanico Pandemonium", a vampira gostosa assassina vivida pela teúda e manteúda Selma Hayek no cultuado filme - mas é claro, vejam como tudo se encaixa, não? - "Um Drink no Inferno" de 1996 - ou o popular "Aberto até de Madrugada" (!), como foi chamado em Portugal -, dirigido por Robert Rodriguez e escrito (e atuado!) pelo Tarantino.



A espetacular dança da espetacular "Satanico Pandemonium" no Um Drink no Inferno (1996)


O nome da maravilhosa vampira dançarina é homenagem e referência ao bom filme de terror mexicano de 1972 de mesmo nome e se trata - vejam só - de um exploitation de freiras! O "Satanico Pandemonium" original vem com uma história lembrando um pouco o excelente e grotesco clássico do horror com freiras "Devils", do também excelente e grotesco diretor Ken Russell (que também fez, olhem só, a ópera-rock "Tommy", exumada logo ali embaixo!).

Sintam o drama: a respeitável e pudica freira Maria, de um convento na época das perseguições religiosas, é tentada pelo diabo e começa a ter toda sorte de alucinações estranhas, sexuais e sangrentas. A partir daí, os espectadores são premiados com lindas cenas edificantes. Temos o lesbianismo softcore entre freiras (uma delas o demônio disfarçado), a tortura da Inquisição, o suicídio de uma freira negra orquestrado pela protagonista endemoniada, a mesma freira endemoniada (agora pedófila) esfaqueando um moleque e incendiando a cabana com ele e a avó dentro...

Esse não é o filme exploitation de freiras mais controverso, impactante ou bizarro (acho o supracitado "Devils" e o mexicano "Alucarda" do diretor Moctezuma bem melhores e bem mais sinistros), mas a diversão aqui também é garantida para toda a família! Tarantino que o diga!


Momento "Devils" do "Satanico Pandemonium"






Dediquemos um momento de serena contemplação à Selma Hayek enquanto o próximo post não vem...