Ele seria Jon Mikl Thor, o cantor de metal-farofa e fisiculturista profissional que dirigiu, produziu, escreveu e estrelou o inominável "Rock 'n' Roll Nightmare" de 1987! É, caríssimos, o vencedor do título de "Mr. Canadá" uniu a musculação, o pornô soft-core e o heavy metal nesse filme difícil de achar no melhor estilo das produções trash-caseiras - a "The Dark One Productions" (talvez!) não faria melhor!
Os senhores querem a "históra"? Como se trata de um videoclipe gigante intercalado com cenas de amasso entre os membros da banda "Triton" e suas groupies e o horror causado pelas artimanhas do diabo - o vilão da película! -, não há muito espaço para ela. Bem, a supracitada banda de metal-farofa anos 80 vai parar de van numa fazenda cujo porão é um estúdio musical. Entre cenas de "pornô-light", percebemos que satanás está armando suas maldades: o Pai das Mentiras possui demoniacamente as pesoas para seus profanos desígnios, alem de enviar lacaios-fantoches-meias de um olho só tipo os "Muppets" para enganar, tripudiar e assassinar vítimas incautas.
Mas por essa o Demônio não esperava: Jon Mikl Thor na verdade é um agente-arcanjo dos céus que atende pela alcunha de "Intercessor"! Para confrontar o inimigo diabólico que está no porão, após se transformar como o Deus do Trovão da Disney, nosso protagonista não fica muito parecido com o filho de Odin, talvez com uma mistura de He-Man com um membro da banda Poison - principalmente porque o orçamento não deu para comprar a fantasia toda, só a capa e uma sunguinha homo-erótica de lantejoulas de ferro! Ah, sim, e muito - mas muito - laquê! Desconfio, inclusive, que 95% do orçamento foi destinado para o laquê do herói!
Confiram abaixo a apocalíptica batalha final onde Satanás só aparece do tronco para cima e atira estrelas-do-mar parecidas com "Starro, o Conquistador Estelar" - um vilão clássico dos quadrinhos da DC - contra nosso astro careteiro, que as destrói com sua fisiculto-força descomunal, à semelhança de Schwarzenegger (que não foi Mr. Canadá, mas Mr. Universo!).
Sem brincadeira, as estrelas e o boneco do vilão são mais mal feitos do que os monstros de borracha do seriado do Jaspion! Sem orçamento sobrando, o meio fantoche diabólico precisa que nosso Thor Trash fique segurando seus braços de espuma para dar maior veracidade à cena, até o final apoteótico, que inclui uma banda no Belzebú, socos múltiplos no boneco e fogos de artifício infernais!
Recomendado para aqueles que... bem, não é recomendado para ninguém. Assistam por sua conta e risco! Não me responsabilizo por nenhum dano cerebral permanente ao ousado espectador!
Thor Trash contra Belzebu
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