sexta-feira, 20 de maio de 2011

A incrível viagem lisérgica do cérebro assassino com a flauta mágica


Na mesa de autópsia hoje, a exumação é diretamente no cérebro! "Brain Damage" (ou "Dano Cerebral", sacaram?), de 88, é filme dos bons do trasheiro Frank Henenlotter (ele também cometeu "Basket Case" e "Frankenhooker", inacreditáveis!) que lembra bastante a pegada "terrir" de Sam Raimi ou de Stuart Gordon. A questão é que tanto o clima demoníaco-zumbizado da trilogia "Evil Dead" do primeiro diretor quanto a atmosfera de "Frankenstein-zumbi" dos filmes da série "Re-animator" do segundo cedem lugar ao bisonho cérebro/parasita/assassino falante!

Sim, caríssimos, o garoto Brian (piadinha com "brain", sacaram?!) entra numa espécie de relação simbiótica com a tosca criatura do mal: o maligno injeta substâncias químicas azuis e viciantes no córtex do moleque e ele precisa encontrar vítimas com cérebros saborosos para saciar o faminto vilão rastejante. Aí o guri começa a sofrer alucinações megagrotescas, como essa a seguir:

Alucinação de Brian


Mas o bizarro não pára por aqui. Bem... a semelhança... fálica, digamos, do malvado cérebro falante "Elmer" com a flauta falante, "Freddie", do seriado infantil e surreal do começo dos anos 70, "A Flauta Mágica", é estarrecedora! Serão irmãos gêmeos tipo a "Ruth" e a "Raquel", um bonzinho e outro mau como um pica-pau?


"Elmer", o cérebro simbionte e comilão de "Brain Damage"


"Freddie", a flauta falante que vivia no bolso
do moleque de camisa amarela na série
"A Flauta Mágica"

Para azar de quem não se lembrava do seriado infantil e psicodélico onde tudo era colorido, falante e dançante, segue abaixo um pedaço de episódio (e tenho quase certeza de que os criadores usaram alucinógenos pra inventar isso aí, não necessariamente o narcótico azul do Elmer!) com direito a bruxa, castelo, dragão amarelo e árvores hippies:



E, se depois de um pouco de um típico programa dos anos 70 para crianças usuárias de ácido não derreteu os miolos dos senhores, preciso provar o parentesco do parasita com a flauta: rufem os tambores, pois o cérebro canta - e dança!



Para terminar essa grande viagem lisérgica, um comercial do "McDonalds" dos anos 70, perfeito para as crianças amantes de tudo o que vicia: hambúrguer direto da horta, pé de batata frita, LSD...

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