Na mesa de autópsia hoje, a exumação é diretamente no cérebro! "Brain Damage" (ou "Dano Cerebral", sacaram?), de 88, é filme dos bons do trasheiro Frank Henenlotter (ele também cometeu "Basket Case" e "Frankenhooker", inacreditáveis!) que lembra bastante a pegada "terrir" de Sam Raimi ou de Stuart Gordon. A questão é que tanto o clima demoníaco-zumbizado da trilogia "Evil Dead" do primeiro diretor quanto a atmosfera de "Frankenstein-zumbi" dos filmes da série "Re-animator" do segundo cedem lugar ao bisonho cérebro/parasita/assassino falante!
Sim, caríssimos, o garoto Brian (piadinha com "brain", sacaram?!) entra numa espécie de relação simbiótica com a tosca criatura do mal: o maligno injeta substâncias químicas azuis e viciantes no córtex do moleque e ele precisa encontrar vítimas com cérebros saborosos para saciar o faminto vilão rastejante. Aí o guri começa a sofrer alucinações megagrotescas, como essa a seguir:
Alucinação de Brian
Mas o bizarro não pára por aqui. Bem... a semelhança... fálica, digamos, do malvado cérebro falante "Elmer" com a flauta falante, "Freddie", do seriado infantil e surreal do começo dos anos 70, "A Flauta Mágica", é estarrecedora! Serão irmãos gêmeos tipo a "Ruth" e a "Raquel", um bonzinho e outro mau como um pica-pau?
"Elmer", o cérebro simbionte e comilão de "Brain Damage"
"Freddie", a flauta falante que vivia no bolso
do moleque de camisa amarela na série
"A Flauta Mágica"
E, se depois de um pouco de um típico programa dos anos 70 para crianças usuárias de ácido não derreteu os miolos dos senhores, preciso provar o parentesco do parasita com a flauta: rufem os tambores, pois o cérebro canta - e dança!
Para terminar essa grande viagem lisérgica, um comercial do "McDonalds" dos anos 70, perfeito para as crianças amantes de tudo o que vicia: hambúrguer direto da horta, pé de batata frita, LSD...
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