É, esse lema jovem está ficando um pouco velhinho... diria até que já tem quase meio século!
A juventude dos anos 90 ficou presa num período de indefinição, desesperança e desorientação entre a queda do Muro de Berlim e a destruição das Torres Gêmeas.
"Trainspotting" é um filme de 96 do Danny Boyle ("Quem quer ser um milionário?", "127 horas", "Extermínio") bem interessante. Estrelado por Ewan McGregor, mostra o cotidiano desvairado de sexo, drogas e rock n'roll de jovens escoceses e as conseqüências de suas nem sempre sábias escolhas. Mas sem moralismo barato sobre drogas ou sexo, sobre o que é certo ou errado (porque esse tipo de maniqueísmo é de deixar qualquer um de saco cheio); pelo contrário, tem acidez de sobra - afinal, o protagonista Mark Renton vive dizendo que o álcool e o Valium - o comprimido que a mamãe adora - são drogas aceitas normalmente pela sociedade, muito diferente do caso da heroína (e nem quero me aprofundar nessa questão dos vícios e suas conseqüências).
Contudo, o filme é tão maneiro que tem espaço até para a crítica ao consumismo desenfreado (três anos antes do "Clube da Luta" com Edward Norton e Brad Pitt, a bem dizer!) e a acomodação do papel do jovem no mundo dos anos noventa em diante, mundo esse que vira e mexe destrói os sonhos e esperanças de quem está entrando na vida adulta.
Abaixo, o trailer água com açúcar, uma tentativa do estúdio em comercializar o fime como uma comediazinha adolescente normal:
Trailer oficial "Trainspotting"(96)
A seguir, o "trailer" sexo, drogas e rock n'roll embalado por "Heroin", do Velvet Undergorund:
Cenas de "Trainspotting" com música "Heroin" (Lou Reed)
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